quinta-feira, 11 de abril de 2024

Entendendo o Ciclo de Políticas de Ball e Bowe na Educação

O modelo do ciclo de políticas de Stephen Ball e Richard Bowe é uma ferramenta analítica valiosa para compreender o processo complexo pelo qual as políticas educacionais são formuladas, implementadas e avaliadas. Este modelo oferece uma estrutura conceitual que ajuda a desvendar as diferentes etapas e interações envolvidas na elaboração e execução de políticas na esfera educacional.

Em sua essência, o ciclo de políticas de Ball e Bowe consiste em várias fases interconectadas. A primeira fase é a agenda, na qual determinados problemas ou questões educacionais são identificados como merecedores de atenção política. Isso pode ser impulsionado por fatores como pressões sociais, demandas da comunidade ou crises no sistema educacional.

Após a agenda, vem a fase de formulação de políticas, na qual os atores políticos, formuladores de políticas e especialistas educacionais colaboram para desenvolver propostas concretas para abordar os problemas identificados. Esta fase envolve debates, negociações e a elaboração de documentos formais que delineiam os objetivos, estratégias e recursos necessários para a implementação das políticas.

Em seguida, ocorre a fase de implementação, na qual as políticas formuladas são colocadas em prática no contexto educacional. Isso envolve a alocação de recursos, a capacitação de pessoal, a comunicação com as partes interessadas e a adaptação das escolas e sistemas educacionais para cumprir os requisitos das políticas.

Após a implementação, vem a fase de monitoramento e avaliação, na qual o progresso e os resultados das políticas são acompanhados e analisados. Isso pode incluir a coleta de dados, a realização de pesquisas e avaliações de impacto, e a revisão das políticas com base nos resultados obtidos.

O ciclo de políticas de Ball e Bowe reconhece que o processo de política educacional é dinâmico e iterativo, com as políticas sendo constantemente revisadas e ajustadas com base nas experiências e nos resultados alcançados. Isso significa que o ciclo não é necessariamente linear, mas sim um processo contínuo de aprendizado e adaptação.

Em suma, o modelo do ciclo de políticas de Ball e Bowe oferece uma estrutura útil para compreender a complexidade do processo de política educacional. Ao analisar as diferentes fases e interações envolvidas, os formuladores de políticas e os pesquisadores podem obter insights valiosos para promover políticas educacionais mais eficazes e impactantes.

A Dualidade da Organização: O Modelo Burocrático e o Tipo Ideal de Max Weber

A teoria da burocracia de Max Weber é um marco fundamental na compreensão das estruturas organizacionais modernas. Weber delineou meticulosamente um modelo de organização que buscava a eficiência e a racionalidade, fundamentado em regras, hierarquia e especialização. Esse modelo, embora muitas vezes criticado por sua rigidez, continua a ser uma referência importante para a análise das organizações contemporâneas.

Um dos conceitos centrais na teoria de Weber é o "tipo ideal", uma construção abstrata que representa a forma mais pura de uma determinada categoria. No caso da burocracia, o tipo ideal é uma organização caracterizada pela divisão de trabalho, hierarquia clara de autoridade, regras e regulamentos precisos e impessoalidade nas relações entre os membros.

A burocracia weberiana visa à eficiência através da racionalização dos processos e da padronização das operações. Isso significa que as decisões são tomadas com base em critérios objetivos e as ações são conduzidas de acordo com procedimentos predefinidos. Essa abordagem, embora possa parecer inflexível, proporciona uma estrutura sólida para a gestão organizacional.

No entanto, Weber reconheceu as limitações da burocracia, especialmente sua tendência à rigidez e à alienação dos funcionários. Ele alertou para o surgimento da "jaula de ferro", onde as pessoas se tornam prisioneiras das próprias regras e regulamentos que deveriam facilitar seu trabalho. Essa crítica levou Weber a desenvolver o conceito de tipo ideal como uma ferramenta para analisar e comparar diferentes formas de organização.

O tipo ideal não é uma descrição precisa da realidade, mas sim uma construção teórica que nos ajuda a entender as características essenciais de um determinado fenômeno. No caso da burocracia, o tipo ideal nos ajuda a identificar os elementos-chave que definem esse modelo de organização, permitindo-nos avaliar até que ponto as organizações reais se aproximam ou se afastam desse ideal.

Apesar de suas críticas à burocracia, Weber reconheceu que esse modelo de organização era inevitável em muitos contextos modernos. Ele argumentou que, embora a burocracia possa ser uma forma eficiente de organização, ela não é adequada para todos os fins. Em vez disso, Weber propôs que as organizações deveriam adotar o modelo que melhor se adequasse aos seus objetivos e circunstâncias específicas.

Assim, o tipo ideal de burocracia de Weber não deve ser visto como um modelo prescritivo, mas sim como uma ferramenta analítica que nos permite compreender as diferentes formas de organização. Ao reconhecer as vantagens e limitações da burocracia, podemos tomar decisões mais informadas sobre como estruturar e gerir as organizações de forma eficaz.

Em última análise, o modelo de burocracia e o tipo ideal proposto por Max Weber oferecem uma lente poderosa através da qual podemos analisar e compreender as complexidades das organizações modernas. Ao considerar tanto os princípios fundamentais da burocracia quanto as nuances do contexto organizacional, podemos desenvolver abordagens mais flexíveis e adaptáveis à gestão eficaz das organizações.

quarta-feira, 27 de março de 2024

Problemas em postos de gasolina em Pau dos Ferros (Dados de 2021)

Buscamos informações junto ao IPEM/RN através do E-SIC (Protocolo 10092021204045871), solicitando dados sobre as fiscalizações realizadas nos postos de gasolina na cidade de Pau dos Ferros/RN nos anos de 2019, 2020 e 2021.


O objetivo era obter transparência sobre as ações realizadas e eventuais irregularidades identificadas. A resposta do IPEM/RN revelou que, de fato, foram realizadas fiscalizações nos postos de combustíveis da região durante o período mencionado, mesmo diante dos desafios impostos pela pandemia de COVID-19.


No total, foram efetuadas fiscalizações em oito postos de combustíveis, abrangendo as verificações necessárias dos instrumentos, com aprovações e reprovações de acordo com os critérios estabelecidos. No entanto, em conformidade com a Lei de Acesso à Informação e normas do INMETRO, o IPEM/RN não pode divulgar os nomes dos estabelecimentos fiscalizados. Isso se dá em respeito à privacidade dos envolvidos e às diretrizes legais vigentes.


Um ponto relevante levantado na resposta é o procedimento adotado em casos de irregularidades identificadas. Quando uma irregularidade é constatada, o estabelecimento tem a oportunidade de se manifestar, sendo concedido um prazo para correção. Após esse período, são realizadas fiscalizações adicionais para verificar se as irregularidades foram sanadas.


No que diz respeito aos resultados das fiscalizações, foram inspecionados um total de 336 instrumentos na cidade de Pau dos Ferros, dos quais 304 foram aprovados e 32 foram reprovados. É importante ressaltar que, embora os resultados tenham sido apresentados de forma geral, sem a divulgação dos nomes dos estabelecimentos, o órgão reforça que ainda há a possibilidade de apresentação de defesa em casos de autuação administrativa, respeitando os direitos legais dos envolvidos.


Em suma, as informações fornecidas pelo IPEM/RN oferecem um panorama das fiscalizações realizadas nos postos de gasolina de Pau dos Ferros/RN. Conforme imagens abaixo:




Fique atento para mais atualizações sobre esse e outros assuntos relacionados à qualidade dos serviços em nossa região.

segunda-feira, 25 de março de 2024

Construção de Projetos Político-Pedagógicos: A Chave para o Desenvolvimento da Educação Municipal

 No cenário educacional brasileiro, a construção de um Projeto Político-Pedagógico (PPP) é essencial para o desenvolvimento da educação em âmbito municipal. Este documento serve como um guia estratégico que norteia as ações das escolas, estabelecendo objetivos, diretrizes e metodologias alinhadas aos princípios educacionais e às necessidades específicas da comunidade local.

As cidades brasileiras enfrentam diversos desafios no campo da educação, como a garantia de acesso universal, a melhoria da qualidade do ensino e a promoção da equidade. Para enfrentar tais desafios, é fundamental que haja um planejamento estratégico que envolva não apenas os gestores educacionais, mas também professores, alunos, pais e toda a comunidade.

O PPP é uma ferramenta fundamental para a gestão democrática e participativa da educação. Ele permite que a comunidade escolar reflita sobre sua realidade, identifique seus problemas e potencialidades, e estabeleça metas e ações concretas para alcançar uma educação de qualidade.

Contextualização Local: Cada município brasileiro possui suas próprias características sociais, culturais e econômicas. O PPP permite que as escolas se adequem a essas especificidades, garantindo uma educação mais contextualizada e relevante para os alunos.

Engajamento da Comunidade: Ao envolver todos os segmentos da comunidade escolar na elaboração e execução do PPP, cria-se um sentimento de pertencimento e responsabilidade compartilhada pela educação. Isso fortalece os laços entre escola e comunidade e aumenta o engajamento de todos os envolvidos no processo educativo.

Melhoria da Qualidade do Ensino: O PPP estabelece diretrizes claras para o planejamento e execução das atividades pedagógicas, favorecendo a melhoria da qualidade do ensino. Ao definir objetivos e estratégias de forma coletiva e participativa, as escolas podem identificar e corrigir suas deficiências, promovendo uma educação mais eficaz e inclusiva.

Promoção da Equidade: Por meio do PPP, é possível desenvolver ações afirmativas que visem reduzir as desigualdades educacionais, garantindo que todos os alunos tenham acesso a uma educação de qualidade, independentemente de sua origem social, étnico-racial ou econômica.

Apesar de sua importância, a construção e implementação do PPP enfrenta alguns desafios, como a falta de recursos financeiros, a resistência a mudanças e a necessidade de capacitação dos profissionais da educação. No entanto, é fundamental que os gestores municipais invistam na elaboração e execução do PPP, pois ele é um instrumento poderoso para transformar a realidade educacional de suas cidades.

A construção de um Projeto Político-Pedagógico é um passo fundamental para o desenvolvimento da educação no âmbito municipal das cidades brasileiras. Por meio desse documento, é possível promover uma educação mais contextualizada, participativa, inclusiva e de qualidade, garantindo o pleno desenvolvimento dos alunos e o fortalecimento da democracia e cidadania em nossa sociedade.

Evidente que o PPP deve apontar diretrizes para construção de processos avaliativos internos, para além das avaliações nacionais que já existem, que possam contribuir para a melhoria sustentada da educação municipal. A avaliação diagnóstica desempenha um papel crucial ao fornecer uma fotografia precisa do cenário educacional, permitindo identificar tanto os avanços quanto os retrocessos no ensino oferecido.

Ao realizar avaliações sistemáticas e abrangentes, as autoridades educacionais podem analisar o desempenho dos alunos em diversas áreas do conhecimento, identificar lacunas no aprendizado e entender as necessidades específicas de cada escola e comunidade.

Além disso, a avaliação diagnóstica fornece dados concretos que embasam a formulação de políticas e a implementação de estratégias pedagógicas mais eficazes, direcionando os esforços para onde são mais necessários e promovendo uma educação mais inclusiva e de qualidade para todos os alunos. 

A Teia Complexa da Educação: Professores, Alunos e Profecias Auto-Realizadoras

 A educação, em sua complexa teia de relações, é palco de um intrincado ballet entre professores e alunos. A interação entre ambos, moldada por expectativas e percepções, cria um ambiente fértil para o desenvolvimento e a aprendizagem. No entanto, dinâmicas de poder e vieses inconscientes podem influenciar essa interação, gerando o que se conhece como "profecia auto-realizadora".

Professores, como guias experientes, assumem a responsabilidade de conduzir seus alunos na jornada do conhecimento. Munidos de expectativas e crenças sobre o potencial de cada um, eles podem, sem intenção, influenciar o desempenho e a autopercepção dos alunos.

A interação seletiva na sala de aula é um reflexo dessa dinâmica. Professores, muitas vezes, tendem a dedicar mais atenção e tempo aos alunos que consideram mais aptos ou engajados, reforçando crenças e comportamentos preexistentes.

A "profecia auto-realizadora" se manifesta quando as expectativas do professor se tornam realidade, não por causa de habilidades ou talentos intrínsecos dos alunos, mas pela forma como são tratados e incentivados. Alunos rotulados como "difíceis" ou "sem potencial" podem internalizar essa crença, comprometendo seu desempenho e desmotivando-os.

Para romper com esse ciclo prejudicial, é fundamental que os professores se conscientizem dos seus próprios vieses e busquem construir relações mais justas e igualitárias com seus alunos. Criar um ambiente de acolhimento e valorização da individualidade é essencial para que todos os alunos se sintam desafiados e motivados a alcançar seu potencial máximo.

Ao reconhecer a importância da interação na sala de aula e combater a profecia auto-realizadora, podemos construir uma educação mais inclusiva e transformadora, onde cada aluno tenha a oportunidade de florescer e alcançar seus sonhos.

Lembre-se:

A relação entre professor e aluno é fundamental para o processo de aprendizagem.

Expectativas e percepções influenciam a interação em sala de aula.

A "profecia auto-realizadora" pode ter um impacto negativo no desempenho dos alunos.

É necessário que os professores se conscientizem dos seus próprios vieses e construam relações mais justas com seus alunos.

Uma educação mais inclusiva e transformadora é possível através da valorização da individualidade e do combate à profecia auto-realizadora

sexta-feira, 21 de abril de 2023

Recomendações de leitura...

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Erving Goffman e Howard S. Becker são dois importantes sociólogos que estudaram a questão da desvio social e como a sociedade lida com aqueles que são considerados "diferentes". Duas de suas obras mais conhecidas, "Estigma" de Goffman e "Outsiders" de Becker, abordam esse tema de maneiras diferentes.

Em "Estigma", Goffman explora como as pessoas que são consideradas "estigmatizadas" - ou seja, aquelas que possuem alguma característica que as diferenciam dos padrões sociais dominantes - são tratadas pela sociedade. Goffman argumenta que essas pessoas muitas vezes são excluídas e discriminadas por causa de suas diferenças, e que isso pode levar a problemas como a exclusão social, a pobreza e a marginalização.

Já em "Outsiders", Becker analisa como grupos de pessoas que são consideradas "desviantes" pela sociedade - como criminosos, usuários de drogas e outros - formam suas próprias comunidades e subculturas. Becker argumenta que esses grupos muitas vezes se unem em torno de sua diferença, e que isso pode criar um senso de identidade e pertencimento que é difícil de encontrar em outros lugares.

Apesar de abordarem o mesmo tema geral, as obras de Goffman e Becker têm algumas diferenças importantes. Enquanto Goffman se concentra principalmente nas consequências negativas da estigmatização, Becker destaca a possibilidade de formação de comunidades e subculturas. Além disso, Goffman se concentra principalmente em indivíduos estigmatizados, enquanto Becker analisa grupos inteiros de pessoas que são consideradas desviantes.

De maneira geral, ambas as obras são importantes para entender como a sociedade lida com a diferença e como as pessoas que são consideradas "diferentes" se relacionam com isso. Enquanto "Estigma" de Goffman alerta para os riscos da exclusão social e marginalização, "Outsiders" de Becker destaca a importância da formação de comunidades e subculturas como uma forma de resistência e resiliência.

quarta-feira, 5 de outubro de 2022

Resultado das Eleições de 2022 em Portalegre

Presidente

Lula (PT): 3.495 votos (67,96%)
Jair Bolsonaro (PL): 1.233 votos (23,97%)
Ciro Gomes (PDT): 299 votos (5,81%)
Simone Tebet (MDB): 89 votos (1,73%)
Soraya Thronicke (UNIÃO): 16 votos (0,31%)
Felipe D Avila (Novo): 6 votos (0,12%)
Padre Kelmon (PTB): 3 votos (0,06%)
Léo Péricles (UP): 1 votos (0,02%)
Sofia Manzano (PCB): 1 votos (0,02%)
Constituinte Eymael (DC): 0 votos (0,00%)
Vera (PSTU): 0 votos (0,00%)
Brancos - 1,24%
Nulos - 3,73%

Governador

Fatima Bezerra (PT): 2.644 votos (55,38%)
Fabio Dantas (SD): 1.771 votos (37,10%)
Capitão Styvenson (Podemos): 278 votos (5,82%)
Clorisa Linhares (PMB): 57 votos (1,19%)
Danniel Morais (PSOL): 9 votos (0,19%)
Rosália Fernandes (PSTU): 8 votos (0,17%)
Bento (PRTB): 3 votos (0,06%)
Nazareno Neris (PMN): 3 votos (0,06%)
Rodrigo Vieira (DC): 1 votos (0,02%)
Brancos - 3,33%
Nulos - 8,46%

Senador

Rogério Marinho (PL): 2073 votos (47,49%)
Carlos Eduardo (PDT): 1956 votos (44,81%)
Rafael Motta (PSB): 312 votos (7,15%)
Geraldo Pinho (PODEMOS): 7 votos (0,16%)
Veterinaria Shirlei Medeiros (DC): 6 votos (0,14%)
Marcos do Mlb (UNIDADE POPULAR): 4 votos (0,09%)
Freitas Jr. (PSOL): 4 votos (0,09%)
Pastor Silvestre (PMN): 2 votos (0,05%)
Marcelo Guerreiro (PRTB): 1 votos (0,02%)
Dário Barbosa (PSTU): 0 votos (0,00%)
Brancos - 5,12%
Nulos - 14,23%

Deputado Estadual

Getulio Rego (PSDB): 2275 votos (44,43%)
Dr Bernardo Amorim (PSDB): 1680 votos (32,81%)
Coronel Azevedo (PL): 55 votos (1,07%)
Isolda Dantas (PT): 49 votos (0,96%)
Dr Salismar (Solidariedade): 42 votos (0,82%)
José Dias (PSDB): 40 votos (0,78%)
Gilton Sampaio (PT): 33 votos (0,64%)
Divaneide (PT): 32 votos (0,63%)
Vivaldo Costa (PV): 27 votos (0,53%)
Tony Fernandes (Solidariedade): 26 votos (0,51%)
Brancos - 2,76%
Nulos - 2,64%

Deputado Federal

Benes Leocádio (UNIÃO BRASIL): 1758 votos (34,50%)
Kaline de Dr Bernardo (MDB): 1507 votos (29,58%)
Leonardo Rego (UNIÃO BRASIL): 389 votos (7,63%)
Major Brilhante (PROGRESSISTAS): 155 votos (3,04%)
Thabatta Pimenta (PSB): 149 votos (2,92%)
Beto Rosado (PROGRESSISTAS): 133 votos (2,61%)
Dr Pio (MDB): 109 votos (2,14%)
Natália Bonavides (PT): 101 votos (1,98%)
Mineiro (PT): 87 votos (1,71%)
General Girão (PL): 64 votos (1,26%)
Brancos - 3,33%
Nulos - 2,53%

terça-feira, 20 de setembro de 2022

Moradores de Portalegre podem trocar lâmpadas ineficientes por LED em carreta da Neoenergia Cosern

Os moradores das zonas urbana e rural de Portalegre, no Alto Oeste potiguar, terão a oportunidade de trocar lâmpadas ineficientes por lâmpadas de LED em mais uma ação do Projeto Energia com Cidadania, da Neoenergia Cosern. A carreta está posicionada na Praça Coronel Vicente do Rêgo Filho, na região central da cidade, a partir desta terça-feira (20) até a próxima sexta-feira (23), sempre das 08h30 às 16h30 (com intervalo de fechamento entre 12h e 13h para almoço).

A iniciativa integra o Programa de Eficiência Energética da Neoenergia Cosern e é regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com ele, a distribuidora visa incentivar o consumo consciente de energia elétrica, reduzir a conta de luz e auxiliar no processo de descarbonização em sua área de concessão. 

“O projeto Energia com Cidadania é extremamente apropriado para ajudar na redução do valor da conta, gerar economia de energia com a troca de lâmpadas e fomentar ações de sustentabilidade como a descarbonização do planeta”, ressalta a gerente de Eficiência Energética da Neoenergia, Ana Mascarenhas.

O uso de lâmpadas de LED​ traz uma série de benefícios, além de gerar economia de energia. Elas possuem maior vida útil, com duração de aproximadamente de 25 mil horas, enquanto as lâmpadas fluorescentes duram 15 mil horas. A tecnologia também causa menos impacto ambiental. O LED não possui elementos tóxicos na sua composição, ao contrário das lâmpadas fluorescentes que possuem mercúrio. Essa substância é geradora de resíduos prejudiciais ao meio ambiente quando descartada de maneira irregular em rios e aterros. 

Critérios para participar: 

  • Ser cliente residencial ou rural-residencial; 
  • Ser morador de comunidade popular ou estar cadastrado na Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE);
  • Apresentar a conta de energia do mês anterior paga;
  • Não ter débitos com a concessionária;
  • Não ter trocado lâmpadas em projetos da Neoenergia Cosern nos últimos 6 anos (limite máximo de 8 lâmpadas);
  • Entregar as lâmpadas incandescentes, fluorescentes ou halógenas usadas (potência igual ou superior a 14W).

sábado, 29 de janeiro de 2022

Tarde demais: a história de 2016 já está escrita

 Reproduzo abaixo a resposta da nossa Presidenta Dilma para Miriam Leitão, mas que se aplica a tantos outros atores conhecidos e anônimos que fazem de conta que não têm participação na tragédia que é o governo Bolsonaro. 

Me espanta, espanta mesmo, que tantos que articularam o golpe (que começou já na campanha de Aécio Neves), apoiaram a farsa da lava jato, apoiaram Bolsonaro... agora se façam de desentendidos. São culpados e, se houvesse de fato arrependimento, ao menos uma autocrítica, já deveriam ter feito. Claro, sem que isso apague as consequências desse desastre, afinal é "Tarde demais: a história de 2016 já está escrita." Eis o texto:

Tarde demais: a história de 2016 já está escrita.

Miriam Leitão comete sincericídio tardio em sua coluna no Globo de hoje (24 de janeiro), ao admitir que o impeachment que me derrubou foi ilegal e, portanto, injusto, porque, segundo ela, motivado pela situação da economia brasileira e pela queda da minha popularidade.

Sabidamente, crises econômicas e maus resultados em pesquisas de opinião não estão previstos na Constituição como justificativas legais para impeachment. Miriam Leitão sabe disso, mas finge ignorar. Sabia disso, na época, mas atuou como uma das principais porta vozes da defesa de um impeachment que, sem comprovação de crime de responsabilidade, foi um golpe de estado.

Agora, Miriam Leitão, aplicando uma lógica absurda, pois baseada em analogia sem fundamento legal e factual, diz que se Bolsonaro “permanecer intocado e com seu mandato até o fim, a história será reescrita naturalmente. O impeachment da presidente Dilma parecerá injusto e terá sido.” 

O impeachment de Bolsonaro deveria ser, entre outros crimes, por genocídio, devido ao negacionismo diante da Covid-19, que levou brasileiros à morte até por falta de oxigênio hospitalar, e por descaso em providenciar vacinas.

O golpe de 2016, que levou ao meu impeachment, foi liderado por políticos sabidamente corruptos, defendido pela mídia e tolerado pelo Judiciário. Um golpe que usou como pretexto medidas fiscais rotineiras de governo idênticas às que meus antecessores haviam adotado e meus sucessores continuaram adotando.

Naquela época, muitos colunistas, como Miriam Leitão, escolheram o lado errado da história, e agora tentam se justificar. Tarde demais: a história de 2016 já está escrita. A relação entre os dois processos não é análoga, mas de causa e efeito. Com o golpe de 2016, nasceu o ovo da serpente que resultou em Bolsonaro e na tragédia que o Brasil vive hoje, da qual foram cúmplices Miriam Leitão e seus patrões da Globo.

DILMA ROUSSEFF