Sábado na Zona Rural atendendo convite da APCRP

Convidado pelo amigo Hermes Dias fui até a zona rural da cidade. Especificamente na casa de Dú de Cícero Paulino (como chamam os locais). Lá pude acompanhar mais uma atividade do projeto da cajucultura que existe em nossa cidade. O projeto, financiado pela Fundação Banco do Brasil, conta com 10 unidades de beneficiamento da castanha do cajú no Estado.

Ao chegar no local fui recepcionado por João Maria e Jorge Ferreira, ambos com formação em Engenharia Agrônoma e do quadro funcional da EMPARN. Me foi repassado que o curso de enxertia de cajueiro tem a intenção de inserir a comunidade no manejo cultural do cajueiro. Pretende-se, através do processo de clonagem, aumentar a produtividade local. De acordo com os engenheiros a modalidade do cajueiro clonado no treinamento de hoje é o E51 (Embrapa 51), cuja principal característica é o tamanho da amêndoa. Essa variedade produz cerca de 2,5 kg de amêndoa  para cada 10kg de castanha.

Minhas impressões:

Como disse Pe. Dário na entrevista conosco na FM Portalegre, fiquei maravilhado. Há algum tempo tenho acompanhado de longe as ações da Associação das Pequenas Comunidades Rurais de Portalegre – APCRP, contudo, até hoje, não tinha estado tão próximo das atividades. É muito bom ver um projeto que surgiu da necessidade dos agricultores e que é tocado também por eles dar tanto resultado.

O clima animado e as piadas frequentes nos chamaram bastante atenção. A agricultura é a principal atividade econômica do município, em especial a cultura do cajú. Entendi hoje porque tem dado certo; algo que surge da real necessidade de cada um dos envolvidos, que conta com a participação de todos, até mesmo nas atividades mais primárias não tem como dar errado.

Somente a participação popular, com críticas, sugestões, reivindicações é que pode propiciar atividades como a que presenciei hoje. Constatei que a sociedade organizada, nesse caso através de uma associação, encontra excelentes alternativas para geração de renda.

Não posso deixar de parabenizar todos aqueles que contribuem para o êxito desse projeto. Também agradecer a equipe da EMPARN pela receptividade e pelas informações repassadas.

Já no finzinho, quando já estávamos de saída, eis que aparece o amigo Neto da Emater. Passei mais uns trinta minutos por lá, o bate-papo estava bastante interessante. Uma pena eu ter um compromisso (reunião dos blogueiros) … acabei perdendo o almoço por lá.

Só para se ter uma ideia de como a atividade do hoje foi relevante, no caminho de volta encontrei um carro, o senhor me parou e perguntou como faria para chegar na casa de Dú, orientei, claro. Eis que era o José Simplicio de Holanda, nada mais, nada menos que o Subsecretário de Agricultura do Rio Grande do Norte. Me surpreendeu saber que o José Simplício é figura frequente aqui na serrinha, de acordo com o Hermes ele ajuda a associação desde a implantação da unidade de beneficiamento local.

Para terminar fiquei sabendo que ocorrerá outra atividade no dia 12 de março, certamente estarei por lá, afinal não perderei a feijoada prometida.