segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Política em Portalegre...

Dormi chateado, decepcionado com o que ouvi e li. Pensei em acordar cedo e "descer a lenha", mas um boa noite de sono me fez refletir sobre minhas convicções e sobre o papel do Voz da Serra. Sempre utilizei esse espaço para expor minhas opiniões políticas, não será dessa vez que  descerei ao nível daqueles que não tem opinião própria.

No difícil momento pelo qual passa o RN, de pronto nos vem um questionamento: A (ao) que (m) ser leal? Para mim não é tão difícil responder, não preciso perguntar aos meus "gurus" para onde ir. Aprendi, desde os quatorze anos, quando deixei a casa de minha mãe, a me virar sozinho, ter opinião própria.

Um político deve lealdade ao povo e mais ninguém. É eleito para representar o sentimento, a insatisfação daqueles que não tem força suficiente para fazer ecoar suas angústias e reivindicações acerca do que é público. Em outra via, em nossa sociedade, grande parte dos políticos colocam seus interesses acima de tudo, subjugam seus valores, passam por cima do mundo, se preciso.

 Recentemente me foi enviado um vídeo que segue abaixo:



Em Portalegre, se passou por cima de "pau e pedra" para ser leal a Agripino Maia. Depois de ver esse vídeo, faça seu julgamento de quem merece lealdade.

Como já disse várias vezes, o político que caminha de braços dados com o povo, entendendo seus anseios, hoje é exceção. Tenta-se a todo custo remoer a velha política do voto de cabresto. A cada quatro anos envolvem toda a população em uma verdadeira guerra. Acusam os adversários, verdes ou vermelhos, de cometerem as maiores atrocidades no trato com a coisa pública. Tempos depois estão lá aliados, juntinhos, e o povo feito de palhaço como sempre... só serviu de massa de monobra.

Talvez por isso o jornalista César Santos, em seu blogue, tenha dito que são todos farinha do mesmo saco. E são sim, mais do mesmo, não representam nada de novo. São aliados e inimigos circunstanciais, fazem a política de ocasião que tanto criticam quando é conveniente.

Quando se fecham os acordos políticos o que menos interessa é o povo. É por isso que nosso RN está entre os mais atrasados do país. Ainda vivemos o coronelismo escancarado protagonizado por Alves e Maias. Somos tratados como idiotas quando ouvimos Henrique Alves, Geraldo Melo, Garibaldi Alves, Wilma Maia, José Agripino e a trupe completa afirmarem que representam a MUDANÇA para o RN. Governaram nosso RN desde sempre. Estiveram no governo da Rosa durante mais de três anos e agora dizem ser o diferente, o novo.

Somos seres políticos, mas não se vive de política, salvo os políticos profissionais que se submetem à tudo e todos em busca de seus interesses. Não estou disposto a jogar esse jogo desleal, antes prefiro a vergonha na cara, a dignidade e o amor próprio.

Não preciso repetir o que todos já sabem que foi feito em Portalegre. O quanto certas atitudes foram desrespeitosas. Mas cada um faça seu julgamento. Entendo que as lideranças devem refletir o desejo da maioria e não impor sua vontade, fazer com seus acordos sejam empurrados na goela do povo a ferro e fogo.

Quem muda de direção como o vento não me representa. É preciso ser diferente, fazer diferente, remar contra a maré. Não basta defender mudança, tem que ser a mudança, ter atitude.

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