Li no Blog do Godeiro, no Jornal de Fato e em outros espaços, alguns comentários acerca do Pico do Cabugi. Segundo relatos, alguns moradores teriam visto sair fumaça do topo do pico.
Achei intrigante, pois a informação colocaria em cheque tudo que aprendi a respeito do tema nos meus anos de faculdade. Inclusive a visita técnica que fiz ao local em 2004.
Diante das informações desencontradas que circulam por ai resolvi fazer alguns esclarecimentos:
I- O Pico do Cabugi (Lajes-RN), com 590 metros, nem de longe é o ponto de maior altitude no RN;
Eis as maiores altitudes:
1 -A Serra de São José (Luiz Gomes, São Miguel e Venha-Ver) com 831m;
2 -Serra das Queimadas (807m) em Equador;
3 - Martins (760m);
4- Serra do João do Vale (Campo Grande) com 739m;
5- Santana do Matos (720m);
6- Florânia (719m);
7- Carnaúba dos Dantas (713m);
8- Tenente Ananias (711m);
9- Portalegre (703m)
2 -Serra das Queimadas (807m) em Equador;
3 - Martins (760m);
4- Serra do João do Vale (Campo Grande) com 739m;
5- Santana do Matos (720m);
6- Florânia (719m);
7- Carnaúba dos Dantas (713m);
8- Tenente Ananias (711m);
9- Portalegre (703m)
II- O Cabugi seria um vulcão adormecido que ainda conservaria sua forma original? Certamente NÃO
O que observamos ao olhar para o Pico é apenas um neck vulcânico. O pescoço do vulcão; o duto, através do qual a magma saia do interior da terra em direção à superfície. A forma do vulcão propriamente dita foi erodida (desgastada) com o tempo e não mais existe.
III- Sobre a real possibilidade de sair fumaça do Cabugi:
É pouquíssimo provável que isso esteja realmente acontecendo. Não há nenhum registro de atividades sísmicas por ali. Todo o neck está solidificado, a informação certamente não procede.
Por desencargo de consciência liguei para meu professor de Geologia da faculdade (hoje, Diretor de Ensino do IF-RN de Macau). O professor sugeriu que talvez uma tribo indígena estivesse lá por cima, dançando, quem sabe, a dança da chuva. A fumaça seria resultado desse ritual.
Estou atento para maiores novidades, mas asseguro que, por enquanto, tudo é deveras falacioso.