Estava um pouco reticente, talvez até indisposto... para escrever aqui novamente, sobretudo sobre a cena política em Portalegre. Em razão disso, resolvi dividir com os poucos leitores que ainda tenho as impressões que tive da cidade nesses poucos dias (cheguei quinta e voltei domingo).
Convém esclarecer o que alguns poucos me perguntaram (relembrando os tempos em que eu me metia a realizar comentários sobre a política local)... o porquê de eu não postar esse tipo de conteúdo aqui... simples: Não estou morando em Portalegre e isso me impede de ter uma visão do que de fato acontece na cidade. Escrever sobre o que não se vive é um exercício fantasioso que eu não tenho a menor vocação para fazer. Quando escrevi sobre Portalegre, especialmente sobre a gestão e sobre a política local, tratava de impressões sobre o meu dia-a-dia, o que não consigo fazer hoje estando distante.
Voltando... a falar sobre esses poucos dias que estive na Serra... me espantou o quanto a cidade está, ou estava (não sei), barulhenta... e não me refiro somente aos carros de som com músicas das campanhas à prefeitura. Eram muitos "sons de carro" ou mesmo aquelas caixas de som super potentes em frente às casas. Tive dificuldade de dormir em dois dos três dias em que estive em Portalegre. Parecia que tinha um "paredão" dentro do quarto.
Não sei se existe uma legislação específica sobe isso no âmbito municipal. Mas sei que existe a "perturbação do sossego", contravenção penal, cuja penalidade pode variar de prisão simples de 15 dias a três meses ou multa (a conferir se as sanções são essas mesmo). Fato é que falta fiscalização por parte das autoridades competentes.
Pode ser que a impressão que tive esteja distorcida em razão do período eleitoral... de fato os ânimos ficam mais exaltados nesse período. Mas, de todo modo, me entristeceu ver tão barulhenta a cidade que sempre me pareceu um refúgio de calmaria, paz, sossego.
Duvido que um turista busque Portalegre por barulho... Martins, nossa vizinha, já percebeu a vocação das serras para o turismo cultural, gastronômico. Me parece que nós ainda não despertamos pra isso. Quem tá lendo isso... por favor, não confunda lazer com turismo. Aquele pessoal que vem das cidades vizinhas para festas de rua como São João e outras, não são turistas (rs). Quem sobe de Pau dos Ferros para almoçar em um de nossos mirantes também não é, em regra, turista.
Enfim... a primeira grande impressão da serra não foi boa... por conta desse barulho todo. Talvez seja implicância minha, tenho mesmo problema com sons. Talvez saudade de quando o som alto era de Daniel Dias ouvindo Engenheiros do Hawaii. Não preciso nem dizer que o que se escuta hoje em dia, nem de longe, tem essa qualidade.
Mudando de assunto... outra coisa que me preocupou foi a baixa vazão (não sei se esse é o termo correto) de água na Cachoeira do Pinga. Penso que, se não for contratado um estudo ambiental sério com vistas a recuperação e preservação das nascentes que afloram no Terminal Turístico da Bica, em breve podemos ficar sem água na Bica e sem a Cachoeira do Pinga. Existem fontes de financiamento federais ou mesmo recursos próprios do município que podem custear o estudo. No estado temos instituições sérias como UFRN, IFRN, UERN, UFERSA que podem auxiliar nisso.
Tava quase esquecendo de falar sobre o resultado das eleições... houve surpresa? Sim, pelo menos pra mim. Não pelos eleitos, mas pela enorme diferença entre a votação de José Augusto e a de Márcio. Mais de 2500 votos de maioria... foi a festa dos apostadores, entre eles o meu tio José Holanda. Eis os dados gerais:
Para Prefeito
- José Augusto - 4.316 votos
- Márcio - 1.700 votos
Vereadores Eleitos
- Adalberto - 663
- Dr Márcio - 625
- Edson - 519
- Paulo Andreaso - 474
- Dornellis - 366
- Temístocles - 338
- Afrânio - 311
- Toinho - 290
- Adalberto Viana - 228
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